Shark Tank: Como fazer ideias inovadoras acontecerem com Erik Fontenele Nybø | Bits Academy, Edevo (E010)

Nesse episódio, Vinícius Fachinetto entrevista Erik Fontenele Nybø: um grande curioso da tecnologia, advogado, Head de Inovação da Molina Advogados e Co-fundador da EDEVO e da Bits Academy, e um especialista em relacionamento interpessoal.

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Momentos marcantes da entrevista

    • “Minha maior competência é o relacionamento interpessoal: a capacidade de desenvolver parcerias, desenvolver projetos em conjunto, ter um bom trânsito com as pessoas.”
    • “Não busque o “lucro imediato” com um contato. Desenvolva o relacionamento. Por exemplo, um mini-CRM com nomes, quais são os interesses do contato, qual foi a última vez que você o viu.”
    • “Empreender é fazer algo diferente, criar algo você mesmo.”
    • “Utilizei o networking para fazer a minha ideia acontecer. Identifiquei pessoas que poderiam contribuir: amigos, abrir portas para conversar com pessoas-chave, obter insights, enquanto colocava a “mão na massa”, correndo atrás.”
    • “Não adianta falar que quer empreender se você não aguenta escutar um “não” enquanto estiver vendendo a ideia, ou não conseguir lidar com parceiros de negócio e fornecedores.”
    • “A vida de empreendedor é bastante bipolar: um dia você está muito feliz porque algo deu certo, no dia seguinte você acha que vai dar tudo errado porque tomou um não. Você precisa saber gerenciar isso.”
    • “Esse conjunto de fatores é o que possibilita tirar a ideia do papel para empreender de fato: saber organizar recursos, ter estabilidade emocional, e correr atrás sem se enganar fingindo que está fazendo as coisas. Pesquisar. Aprender. Negociar. Tirar a mão do bolso.”
    • “Não considero que as minhas 3 experiências tenham sido um fracasso; foram oportunidades para amadurecer para que uma hora dê certo.”
    • “Minha principal dificuldade como empreendedor é a “falta de tempo” para equilibrar trabalho, vida pessoal, e outros projetos paralelos.”
    • “Desenvolvo muitos projetos simultâneos, mas todos com o mesmo foco. A partir do momento em que meus projetos foram ganhando tração, ficou mais fácil de selecionar o que fazer, onde investir o tempo, e então conciliar o tempo.”
    • “Minha inspiração para empreender: fazer algo diferente do que está acontecendo no mercado.”
    • “Foque no que você quer fazer: aceite ser desafiado pelo NÃO, e supere isso.”
    • Citando uma charge: “Resiliência é a arte de você se ferrar e continuar tentando.”
    • “Em diversos momentos abordei pessoas do mercado tradicional que me disseram: “não faça isso”. Uma headhunter falou: “esse é o maior erro que você vai fazer na sua carreira. Acabou se provando o contrário.”
    • “Eu tinha a convicção de que a minha ideia daria certo, valia a pena tentar. Fui atrás disso.”
    • “Minha forma de trabalhar é não deixar as coisas para o último minuto.”
    • “Não posso viver sem a organização e o conforto emocional que utilizar uma agenda me traz.”
    • “Não desista: ouça o feedback das pessoas e ajuste a sua estratégia para atingir o objetivo. Selecione bem com quem você vai fazer negócios.”

 

Dicas e Aprendizados

    • Qual a sua maior competência? Relacionamento interpessoal: a capacidade de desenvolver parcerias, desenvolver projetos em conjunto e ter um bom trânsito com as pessoas. Algumas pessoas chamam isso de comunicação ou networking.
    • O que as pessoas em geral não sabem sobre Relacionamento Interpessoal mas precisam saber? Primeiro: não faça isso forçado, de forma mecânica, com a finalidade de tirar proveito. Isso acaba soando falso. Não busque o “lucro imediato” com um contato. Desenvolva o relacionamento: faça follow-up depois das reuniões, identifique o que interessa a pessoa, como você pode ajudá-la. Em algum momento você pode vir a desenvolver projetos com essa pessoa, ou receber favores pela proximidade que sente com você. Desenvolva um mini-CRM com nomes, quais os interesses do contato, qual a última vez que você viu esse contato. Retome os contatos: chame para almoços ou um ambiente mais íntimo.
    • Qual o grande problema que o seu empreendimento resolve? Identificamos no mercado uma grande mudança da forma de trabalhar. Temos sido procurados para falar sobre tecnologia, inovação, “Indústria 4.0” e preparar estudantes e profissionais em busca de reciclagem para essa nova realidade, e como o mercado tradicional pode se inserir nesse novo contexto.
    • Qual foi o seu pior momento como empreendedor? Tive a minha primeira experiência de empreendedorismo na faculdade. Já estou na quarta experiência (risos), mas não considero que as minhas 3 experiências tenham sido um fracasso; embora existam dificuldades no caminho, são oportunidades para amadurecer para que uma hora dê certo.
    • Qual a sua maior dificuldade como empreendedor? Minha principal dificuldade como empreendedor é a “falta de tempo” para equilibrar trabalho, vida pessoal, e outros projetos paralelos. No começo, trabalhei muito nas madrugadas: tinha um emprego fixo durante o dia, e a noite empreendia. Isso não é saudável, tanto para a vida pessoal, relacionamento com outras pessoas, quanto para a saúde.
    • Como você resolveu essa “falta de tempo”? Desenvolvo muitos projetos simultâneos, mas todos com o mesmo foco. A partir do momento em que meus projetos foram ganhando tração, ficou mais fácil de selecionar o que fazer, onde investir o tempo, e então conciliar o tempo. Diferenciar o que vale a pena do que não vale a pena ajuda bastante no gerenciamento do tempo.
    • Como transformar uma ideia em algo real? A geração atual está acostumada a ver pessoas que tiveram uma ideia e a colocaram em prática, chama isso de startup, e isso tem um glamour grande. Não é tão simples assim. A questão por trás do sucesso é um processo, como abordado no livro do Prof. Newton Campos da FGV: “The Myth of the Idea and the Upsidedown Startup” (em tradução livre, “O mito da ideia e a startup de ponta-cabeça”). No meu caso, organizei os recursos necessários para seguir esse processo. Como tinha facilidade de relacionamento interpessoal, utilizei o networking para fazer a minha ideia acontecer. Identifiquei pessoas que poderiam contribuir: amigos, abrir portas para conversar com pessoas-chave, obter insights, enquanto colocava a “mão na massa”, correndo atrás. Não adianta falar que quer empreender se você não aguenta escutar um “não” enquanto estiver vendendo a ideia, ou não conseguir lidar com parceiros de negócio e fornecedores. Essa vida de empreendedor é bastante bipolar: um dia você está muito feliz porque algo deu certo, no dia seguinte você acha que vai dar tudo errado porque tomou um não. Você precisa saber gerenciar isso. Esse conjunto de fatores é o que possibilita tirar a ideia do papel para empreender de fato: saber organizar recursos, ter estabilidade emocional, e correr atrás sem se enganar fingindo que está fazendo as coisas. Pesquisar. Aprender. Negociar. Tirar a mão do bolso.
    • O que lhe inspirou a empreender? Queria fazer algo diferente porque não via muita graça naquilo que estava acontecendo no mercado. A carreira tradicional não me instigava. Ao mesmo tempo, a tecnologia era pouco explorada no Brasil, e muitos casos de gente nova despontando como sucesso porque criou algo diferente. Esse momento do mercado me instigou a empreender. Durante muito tempo tive como interesse a tecnologia, não para entender como funciona, que é o caso de um engenheiro, mas para criar coisas interessantes, novas e instigadoras.
    • Qual a dica mais valiosa que você já recebeu? Focar no que você quer fazer: ser desafiado pelo NÃO, e superar isso. Tinha vontade de escrever sobre direito em startups e entrar nesse mundo. Em diversos momentos abordei pessoas do mercado tradicional que me disseram: “não faça isso”. Uma headhunter falou: “esse é o maior erro que você vai fazer na sua carreira”. Acabou se provando o contrário. Eu tinha a convicção de que esse tema daria certo, valia a pena tentar. Fui atrás disso. Dois anos depois de investir na ideia de direito em startups, o mercado abraçou essa ideia. As faculdades começaram a lecionar a matéria. Existem diversos livros escritos sobre isso agora.
    • Qual o hábito diário que mais contribui para o seu sucesso? Minha forma de trabalhar é não deixar as coisas para o último minuto. Gosto de seguir um cronograma, saber o que vai acontecer, de forma que eu possa me preparar antes do prazo final. Sigo isso todos os dias. Sou escravo da minha agenda, tenho horário para tudo.
    • O que você como empreendedor não pode viver sem? A organização e o conforto emocional que utilizar uma agenda me traz.
    • Quem é a pessoa que você utilizou como modelo ou inspiração ao longo da sua trajetória? Não sou de ler biografias, mas tenho quatro pessoas que utilizei como exemplos práticos, da vida real: Adam Herscher, o empreendedor americano que abriu mão do próprio salário para que todos na empresa recebessem o mínimo para ter uma vida estável. O gesto, a forma de pensar, me inspirou. Rafael Heringer do Jurídico Certo: uma pessoa com a capacidade de liderança, de levar um empreendimento de três para vinte funcionários com faturamento estável. Rafael Costa do JusBrasil pela forma como pensa a sua empresa e práticas que adota, descritas em vídeo. O Bruno Cabral do Escavador, que desde criança vem criando novas ideias – você percebe a capacidade dele de impactar outros por acreditar na ideia.
    • Dica de ferramenta ou recurso online para empreendedores e por quê? Hubspot (CRM, Software de gerenciamento de relacionamento com clientes) e Dropbox (repositório de arquivos na nuvem).
    • Dica de um livro, filme, site ou curso para nosso público empreendedor e por quê. Vídeo: “Something Ventured”, sobre o surgimento do venture capital no Vale do Silício. Depois que você assiste o filme, sai com vontade de sair fazendo tudo.
    • Hoje, pelo que você é mais entusiasmado na carreira de empreendedor? Fazer algo diferente que as pessoas reconhecem, e o apoio que elas lhe dão.
    • Qual a dica de ouro? Não desista: ouça o feedback das pessoas e ajuste a sua estratégia para atingir o objetivo. Selecione bem com quem você vai fazer negócios.

 

Recursos mencionados

  • Vídeos

Something Ventured (filme)

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Erik Fontenele Nybø (AB2L) é Head de Inovação da Molina Advogados e Co-fundador da EDEVO; coordenador e professor do INSPER no curso “Direito em Startups”, pesquisador pelo Centro de Private Equity e Venture Capital da FGV/SP, autor de livros, colunista de portais sobre startups e palestrante; coordenador do livro “Direito das Startups”. É co-fundador e vice-presidente da AB2L – Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs. Converse e conecte diretamente com Erik na Comunidade Octanage

 


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